Dor e Escoliose:
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Resumo:
Afinal, a dor é causada pela Escoliose? Ou estamos olhando para o lado errado? Nesta matéria, baseada na conversa entre Dra. Isis Navarro e Dra. Patrícia Montes, você vai entender como a dor e a Escoliose se relacionam, por que o tratamento da dor precisa ser específico e quando é necessário primeiro tratar a dor — para depois, sim, olhar para a curva.
Introdução
No dia 02 de julho de 2025, a Dra. Isis Navarro recebeu, em uma live bônus do Junho Verde, a Dra. Patrícia Montes — fisioterapeuta especializada no tratamento da dor e diretora técnica da Vertical de Dor da Clínica Linear — para discutir um dos temas mais controversos no universo da Escoliose: a dor.
O que muitos pais, mães e até profissionais de saúde ainda não sabem é que dor não é, na maioria dos casos, causada pela Escoliose. E entender isso pode evitar anos de tratamentos ineficazes, desperdício de tempo e sofrimento.
1. Escoliose causa dor?
“Na maioria dos casos, a dor não é causada pela Escoliose. Ela pode coexistir, mas não necessariamente está relacionada à curva.” — Dra. Patrícia Montes
Estudos mostram que a prevalência de dor lombar é praticamente a mesma em pessoas com ou sem Escoliose. Isso significa que ter uma curva na coluna não é, por si só, um fator determinante de dor. Outros fatores — como sedentarismo, sono ruim, tabagismo, estresse e histórico familiar — têm um peso muito maior na origem da dor crônica.
2. Mas… e se a dor vier junto com a Escoliose?
É possível — e comum — que pacientes cheguem à Clínica Linear acreditando que a dor que sentem se deve à Escoliose. Porém, é essencial diferenciar:
Quando a queixa principal é dor, o tratamento deve começar na Vertical de Dor;
Quando a dor não está presente, ou é secundária à curva, o tratamento segue na Vertical de Escoliose.
“A estrutura pode contribuir. Mas o problema é quando ela vira a única explicação — e o tratamento ignora todo o resto.” — Dra. Isis Navarro
3. Qual é o papel do fisioterapeuta na dor?
O fisioterapeuta é profissional de primeiro contato, ou seja, não precisa de encaminhamento médico para avaliar e tratar dor. E um profissional atualizado saberá:
Excluir bandeiras vermelhas (condições graves como fraturas ou infecções);
Avaliar se há comprometimento neurológico;
Identificar se a dor é específica (ex.: hernia de disco sintomática) ou inespecífica (90% dos casos).
“A dor é multifatorial. Estrutura é só uma parte do quebra-cabeça.” — Dra. Patrícia Montes
4. Quando tratar a dor antes da Escoliose?
Pacientes adultos, ou adolescentes com dor persistente, devem tratar a dor primeiro — com fisioterapia direcionada. Só então se avalia a necessidade (ou não) de intervir na curva.
“Uma paciente pode vir até mim com uma curva pequena, mas uma dor intensa. Eu digo: ‘hoje, você não precisa tratar a curva. Precisa tratar a dor.’” — Dra. Isis Navarro
5. E o adolescente que sente dor?
Adolescentes com dor devem ser cuidadosamente avaliados, pois a dor não é um sintoma típico da Escoliose nessa fase da vida. Quando ocorre, deve-se investigar se há alguma bandeira vermelha (por exemplo, tumores ou infecções) antes de assumir que a curva é a culpada.
6. A abordagem biopsicossocial da dor
O modelo atual de tratamento da dor considera fatores:
Biológicos: estrutura da coluna, postura, qualidade do sono, alimentação, atividade física;
Psicológicos: ansiedade, depressão, crenças negativas;
Sociais: apoio familiar, escolar, laboral.
“Dor não é só sobre o corpo. É sobre o contexto em que esse corpo vive.” — Dra. Patrícia Montes
7. E o Pilates?
Para adultos com dor, o Pilates pode ser uma ótima ferramenta — como exercício físico, não como tratamento da Escoliose. Ele ajuda a fortalecer, melhorar a percepção corporal e aliviar a dor, desde que o paciente goste da prática.
“O melhor exercício é aquele que o paciente consegue manter. Se odeia piscina, hidroginástica não vai ajudar.” — Dra. Patrícia Montes
8. Cada dor é única — e merece um plano único
Na Clínica Linear, a avaliação não se baseia apenas na curva da coluna ou na intensidade da dor. Cada paciente passa por uma escuta qualificada, com olhar clínico experiente e plano de cuidado personalizado e baseado em evidência científica.
Conclusão: Tratar bem é saber quando tratar o que
Muitos pacientes chegam à Clínica Linear dizendo: “tenho dor porque tenho Escoliose”. Mas, na maioria das vezes, essa associação é um mito — e um mito perigoso. Saber quando tratar a dor e quando tratar a curva é o que diferencia um cuidado genérico de um Tratamento de Excelência, como o que oferecemos.
“Tratar Escoliose quando o problema é dor pode atrasar a melhora. E tratar dor ignorando a Escoliose pode ser uma armadilha. Por isso, na Linear, cuidamos com ciência, com acolhimento e com precisão.” — Dra. Isis Navarro
Tem dor e não sabe se é por causa da Escoliose?
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Assista o vídeo completo clicando na imagem abaixo.
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