Pilates e Escoliose: Mitos, Limites e Possibilidades
- 2 de jul.
- 3 min de leitura
Resumo: O Pilates é uma excelente atividade física, mas ele não substitui o tratamento específico da escoliose. Entenda o que dizem as evidências, quando o Pilates é indicado e como ele pode complementar o tratamento com a Abordagem SEAS.
Introdução
Muitos pacientes e famílias se perguntam: “Quem tem escoliose pode fazer Pilates?”
Durante o Junho Verde 2025, a Clínica Linear promoveu uma live esclarecedora sobre esse tema. A Dra. Isis Navarro recebeu a Dra. Gabriela Manosso Bampi, fisioterapeuta com 14 anos de experiência e sócia da Clínica Linear Caxias do Sul, para esclarecer essa dúvida comum — e muitas outras.
O resultado foi um encontro franco, técnico e acolhedor sobre mitos, verdades e possibilidades do Pilates no contexto da escoliose.
1. Pilates é uma ferramenta, não um tratamento
A primeira e mais importante mensagem é clara:
“Pilates não é tratamento específico para escoliose.” — Dra. Gabriela Bampi
Ele pode ser uma ferramenta muito útil, sim, mas deve ser inserido no momento certo, com o objetivo certo — e sob orientação de uma equipe que compreenda a complexidade da escoliose.
2. Quando o Pilates ajuda — e quando ele não basta
Segundo as especialistas, o Pilates pode ser muito bem-vindo durante o tratamento. Mas é preciso compreender seu papel:
“Se o paciente ainda está em crescimento e tem uma curva com risco de progressão, o caminho é começar com o tratamento específico. Depois, o Pilates pode complementar.” — Dra. Isis Navarro
“A gente precisa saber em qual momento o Pilates entra. Ele ajuda muito na consciência corporal, no controle do movimento e na estabilidade. Mas ele não freia a curva sozinho.” — Dra. Gabriela Bampi
3. Atividade física + tratamento específico = melhores resultados
Estudos mostram que pacientes que fazem fisioterapia específica (como a Abordagem SEAS) e praticam atividade física regularmente, como o Pilates, têm melhores resultados:
Usam melhor o colete;
Mantêm os resultados por mais tempo;
Desenvolvem maior controle postural funcional.
4. E se o instrutor de Pilates não entende de escoliose?
Essa é uma preocupação legítima. A Dra. Gabriela destaca:
“Hoje são raros os instrutores de Pilates que compreendem autocorreção, plano frontal e princípios de alinhamento específicos da escoliose. Por isso, o ideal é iniciar o tratamento com fisioterapeutas especializados. Depois, o Pilates pode entrar — com cuidado.”
Se o instrutor não entende do assunto, ainda assim o Pilates pode ajudar. Mas a responsabilidade de garantir que isso não prejudique o tratamento é da equipe que acompanha o paciente.
5. Qual o melhor tipo de Pilates? Solo ou aparelho?
Os aparelhos oferecem mais informações de alinhamento ao paciente — e são ideais no início. Mas o Pilates solo (com o tapete) também tem valor, especialmente em fases mais avançadas.
“No início, o equipamento organiza o corpo. Depois, vamos para o solo, onde o paciente precisa manter tudo isso sozinho. Isso é progresso.” — Dra. Gabriela Bampi
6. E a frequência? Uma ou duas vezes por semana?
Depende do objetivo:
Para ganhar consciência corporal, 1x por semana pode ser suficiente;
Para ganhar força muscular, é necessário 2x ou mais.
Conclusão: Pilates pode, sim — mas precisa de direção
“Pilates sim. Pilates super. Pilates deve. Mas Pilates não é tratamento para escoliose.” — Dra. Isis Navarro
Quando feito de forma coordenada, o Pilates potencializa os resultados do tratamento. Quando feito isoladamente, pode ser insuficiente — e até desviar o paciente do cuidado necessário.
A Clínica Linear está aqui para ajudar você a construir esse caminho com segurança, acolhimento e base científica. Fale com nossa equipe para entender qual o melhor plano para você ou para seu filho(a).
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